Após o EP Peregrino, a Cyanogaster lança dia 17 de setembro um novo som marcado pela fase de transição da banda, que busca por mais experimentações sonoras dentro das diversas vertentes do rock.
Em “Palpitare”, a Cyanogaster mergulha nas variações entre o pop e o indie, apresentando um som mais voltado para o rock alternativo psicodélico dos anos 80, que tem como forte representantes bandas como Slow Dive, The Smiths e os contemporâneos brasileiros do Terno Rei.
No single “Palpitare”, os temperos desse gênero são sentidos nas guitarras distorcidas e adição do reverb, que traz uma sensação de atraso para as ondas sonoras, criando um delay proposital e atmosfera musical fluída e “viajada“. “A ideia é trazer essa sensação de estar dentro de um sonho mesmo, algo ecoado”, conta Dennis Ragonha, responsável pela composição da música.
Cyanogaster – “Palpitare”
A estética mais intimista e introspectiva vem pelo próprio nome: “Palpitare”, do italiano “palpitar”, sugere o pulsar do coração, o vai e vem das emoções que vem com o ritmo descompensado da respiração. Na letra, versam sobre questões conflitos internos que se expressam através da arte.
O clipe, gravado por Ana Sakugawa com cenas em VHS, reforça essa intensidade com takes feitos em casa para trazer a ambientação íntima do contato ruidoso com as diversas dimensões de si mesmo.
O jogo de luzes e projeções, somadas à interpretação do compositor Dennis, denota as camadas de sentimentos regadas de melancolia. Esse conceito de expor feridas é uma das marcas da banda e também está presente no álbum “Liquidifiqueador”, lançado em 2020. Nele, o grupo fala sobre amor, ilusão e uma mistura de sentimentos e possibilidades sonoras.
Entre as novidades do grupo, a banda se despede do guitarrista e amigo Guilherme Nascimento, que está em novos projetos. “Palpitare” dá o início dessa nova fase que dará continuidade ao legado da banda, mas se permitindo à novas intervenções e referências musicais.