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Marília Calderón revisita memórias afetivas dos tempos da infância em Canção de Nina

Os tempos da infância, as canções, as memórias afetivas. Para muitos, a melhor de todas as fases da vida; para outros, o sopro de uma lembrança distante, quase irreal, repleta de descobertas, sabores, cheiros e palavras.

É dessa forma que “Canção de Nina”, da cantora e compositora Marília Calderón, chega ao imaginário, ao universo sensível, trazendo recordações  “do tempo em que as palavras faziam ninar”.

Faixa do álbum “A Saudade é um Vagão Vazio”, disponível nas principais plataformas de streaming, “Canção de Nina” também vem acompanhada de videoclipe oficial no YouTube.

Conheça Canção de Nina de Marília Calderón!

Composta em parceria com João Sirangelo e Roberto Gentilezza, “Canção de Nina” é uma canção de ninar feita para Nina, uma criança que não fala ainda, mas já brinca com sons, afetos, gestos e linguagem.

“A canção foi uma recompensa para Roberto Gentilezza, parceiro que colaborou na campanha de financiamento coletivo do álbum “A Saudade é um Vagão Vazio” (https://open.spotify.com/album/4Wfvd2r4wfdTIrRilMrztn).  Ele pediu uma canção para sua filha Nina, que então tinha 6 meses de idade. Pedi para ele me falar sobre ela, e o que me contou serviu de inspiração para a letra”, conta a compositora.

Letra e melodia surgiram ao mesmo tempo, enquanto Marilia cantarolava e caminhava pelas ruas de São Paulo.

“À época, estava tendo uma relação com João, pra quem mostrei a canção ainda incompleta, e ele deu palpites e sugestões que trouxeram mudanças na letra, tornando-se parceiro dela”. Para compor, a jovem compositora, dona de talento ímpar e voz grave, busca inspirações nas relações, nos livros, nas canções, na política, na psicanálise, na vida.

Aprender e ensinar

Em “Canção de Nina”, as palavras vão muito além. São elas que, na fase do aprender a falar, permitem a organização das ideias e o estabelecimento de sentido daquilo que fazemos, queremos, sentimos.

A letra fala dessa relação primária com a aprendizagem das palavras, as quais tropeçam em “mamã” e “papá”, que, por sua vez, aprendem a ensinar. Elas também permitem o falar sobre o outro, numa narrativa que, em bocas de pais e mães, torna-se carregada de afeição, carinho, aprendizagem e ensinamento.