O Twerk é um estilo de dança que mistura movimento com os glúteos, sensualidade e liberdade corporal. A maior parte dos movimentos é voltada para a parte pélvica e em agachamentos.
O estilo surgiu no final dos anos 80, na periferia dos Estados Unidos em New Orleans, na parte da cena de Bounce Music, onde mulheres e gays eram os maiores representantes, com forte influência das danças africanas, como a “mapouka” da África Ocidental.
A dança ganhou reconhecimento com o passar dos anos e teve seu momento viral em 2013, após Miley Cyrus se apresentar no MTV VMA Awards com performances de Twerk, atingindo o primeiro lugar de pesquisas no Google daquele ano.
Aqui no Brasil, a dança ganhou notoriedade e adeptas principalmente por sua semelhança com o funk brasileiro que também usa a parte pélvica e movimentos com os glúteos.
Uma das professoras pioneiras no país foi Jéssica Trindade, criadora da metodologia “Jé Trindade” e da marca Twerk Academy Brasil. A jovem já deu aula até mesmo para Adriane Galisteu e Gracyanne Barbosa.
Antes disso, Jéssica era apenas uma dançarina amadora que fazia vídeos no Facebook e Instagram, onde tinha bastante reconhecimento. Sua vida mudou quando, ao ir para uma balada na Zona Norte de São Paulo, conheceu diversos dançarinos profissionais e os apresentou a dança.
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Ela então foi convidada por Mia Omori para visitar sua academia, onde dava aulas, e lá foi treinada por Mia durante um ano, aprendendo sua didática e ganhando experiências no mundo artístico como performance em shows, videoclipes, além de conhecimento para criar sua própria metodologia no Twerk.
Após completar 18 anos, Jé decidiu seguir solo, tendo uma ascensão incrível em sua carreira como dançarina, montou seu próprio time, coreografou várias performances de shows de artistas, apareceu em diversos videoclipes de famosos e iniciou uma carreira na música. Ela também criou sua empresa “Twerk Academy BR”.
Jé Trindade se tornou sócia de Victor Freitas, fundador do grupo “The Powergloves”, em 2016 e, depois de muito trabalho e competições, montaram o “TPG Dance Studio” em Diadema, no ano de 2019, com o objetivo de engrandecer a cena da dança de sua cidade natal. Em 2020, o studio ganhou mais uma sócia, Carolina Zillig.
“O Twerk, por exigir muita aceitação e poder em suas movimentações, faz com que você tenha um olhar totalmente diferente de si mesma e quebra diversos padrões, principalmente sobre os glúteos “malhados”. Cada dançarina tem sua característica e, por conta disso, acabam tendo estilos tão diferentes e únicos! Descobrir que você é diferente é algo que nos liberta do padrão e faz termos outras visões sobre nós mesmas”, conta a artista.
Mas não é só para a autoestima que o Twerk faz bem, segundo Jéssica a movimentação pélvica ajuda a soltar o líquido sinovial, podendo lubrificar e alinhar as articulações, ajudando assim a evitar lesões, manter a mobilidade em dia e a evitar problemas urinários, renais, entre outros que se localizam na região.
Além disso, a dança fortalece a região do assoalho pélvico, como a lombar, pernas e glúteos. Abdômen, braços, ombros, punhos e panturrilhas também são trabalhados junto com diversas outras regiões.
“Em média uma aula pode queimar em torno de 500 até 800 calorias por hora, ajudando com exercícios respiratórios, traz uma maior disposição, produção de endorfina e melhora os níveis de seretonina e noradrenalina, substâncias que ajudam a diminuir a ansiedade. Então, além de cuidar da nossa saúde física, também ajuda a saúde mental, nos tornando pessoas menos ansiosas e mais calmas!”, finaliza Jé.