O quarteto de stoner/alternativo Hiënaz estreia no selo da Abraxas com o ousado EP Spaghetti Stoner.
São duas músicas em formato acústico, com clima dark western, recheadas de instrumentalizações e melodias, que nasceram a partir de riffs do stoner e do progressivo.
De nuances sonoras à arte gráfica, o clima faroeste é a tônica deste EP, o primeiro trabalho com a atual formação. O clássico italiano “Três Homens em Conflito”, de 1968, com trilha sonoro do lendário e saudoso Ennio Morricone, é um possível ponto de partido.
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Ouça Febre de Ouro de Hiënaz!
A música de abertura é ‘Febre do Ouro’, originalmente uma composição do primeiro disco do Hiënaz (Ulular/novembro de 2019). A banda criou novos arranjos e harmonias para a versão acústica e o resultado é uma música marcante, rica em detalhes e atmosferas.
É um dark western, com letra em português, sobre a corrida do ouro no Oeste dos Estados Unidos, e como esse ciclo levou muitos homens à loucura. Diversos cacoetes do conceito de faroeste aparecem aqui: queixadas, assobios e flautas.
A segunda é ‘Suspiria’, uma versão inspirada na música original da banda italiana de progressivo Goblin. Suspiria é tema de um filme de terror italiano.
O Hiënaz se baseou numa versão doom da original para recriá-la e deixá-la totalmente dentro do contexto deste EP. Usam violão 12 cordas e diversos arranjos crescentes, com batidas no meio. Para ornar, aparece uma levada com corda aberta, com harmonias tortas a la Black Sabbath.
Um filme essencial para adentrar à sonoridade de Spaghetti Stoner é o clássico do bangue-bangue italiano, “Três Homens em Conflito”, de 1968, com trilha sonoro do lendário e saudoso Ennio Morricone.
Spaghetti Stoner foi gravado e produzido por Cello Nascimento e JC no M6 Studio, em São Paulo, onde já passou bandas como Komodo Queens e Madness Magnet.
Hiënaz é Pedro Kerr (guitarra), Thomas Omarsson (bateria), Julio Cezar (vocal e segunda guitarra) e Felipe Dhelomme (baixo).