O cantor Daniel Peixoto lançou nesta segunda-feira, 7, videoclipe para a música “Postal de Amor”, sua parceria com Filipe Catto em releitura do original de Ney Matogrosso e Fagner.
A música é o primeiro single do seu próximo disco “Tropiqueer” e originalmente gravada em 1975. Na nova versão, o líder da banda Montage divide os vocais com Catto em releitura eletrônica, que agora ganha um tratamento audiovisual.
O vídeo celebra a parceria entre dois dos mais emblemáticos cantores da música queer brasileira e da nova MPB, abrindo a programação de lançamentos preparados por Daniel ao longo de junho, quando é comemorado internacionalmente o Mês do Orgulho LGBTI+.
Daniel Peixoto – “Postal de Amor”
Com ares de ficção científica, a produção é dirigido pelo cineasta Marco Mateus, que já assinou mais de 60 videoclipes e tem dois longas-metragens lançados pela O2 e premiados em festivais internacionais (Melhor Diretor no Festival Moonwhite Films de Mumbai, Melhor Edição no CCMA Festival em Calcutá). Essa é a quarta colaboração entre Marco e Daniel para um videoclipe.
O clipe conta a história de uma família separada pela perda do pai. Ao longo do clipe, a mãe conta uma versão lúdica para o filho de como o pai não está mais entre eles porque está “no céu” pilotando naves intergaláticas pelos planetas.
A história tem uma narrativa lúdica, mas faz também uma referência clara ao luto pelas vítimas do covid19 no Brasil e às famílias despedaçadas pela pandemia. A saudade e a superação dão o tom para quem ficou, enquanto os últimos momentos da trajetória desse pai (Daniel Peixoto) no espaço são mostrados com muitos efeitos visuais.
Composta por Fagner, Fausto Nilo e Ricardo Bezerra, conterrâneos cearenses de Daniel, “Postal de Amor” foi o primeiro single do terceiro álbum de estúdio do artista em carreira solo, com lançamento marcado para julho deste ano. A faixa visita a melancolia do passado, com beats e timbres do pop contemporâneo, misturando lirismo e drama, elementos já característicos tanto nos trabalhos de Peixoto quanto de Catto.
O disco “Tropiqueer” completa a trilogia tropical bass dos já lançados “Mastigando Humanos” (2011) e “Massa” (2017), e conta com produções do DJ Chernobyl, forte nome da eletrônica brasileira, integrante da banda gaucha Comunidade Ninin-jistu, responsável pela difusão do funk carioca pelo mundo; de Alahin, jovem produtor cearense com alguns hits na house music (Feeling the Love, Don´t be afraid); e da banda que o acompanha desde 2009, formada por Rodrigo Brandão, Carlos Gadelha e Xavier. Além de Catto, o disco ainda terá as participações dos artistas Silvero Pereira e Getúlio Abelha.